Crescimento do catolicismo tradicional surpreende até revista econômica inglesa
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A assistência à Missa na Inglaterra e em Gales caiu pela metade do 1,8 milhão que compareciam aos domingos em 1960. Também a média de idade dos frequentadores aumentou de modo preocupante: de uma média de 37 anos no ano 1980, subiu para 52 anos hoje.
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Nos Estados Unidos, a assistência à Missa caiu mais de um terço desde 1960. Menos de 5% dos católicos franceses assistem regularmente à Missa, e só 15% fazem o mesmo na Itália.
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Em sentido contrário, as Missas não modernizadas, em latim e com o sacerdote voltado para Deus e não para o povo, conhecem um boom de participação.
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A Sociedade pela Missa em Latim de Inglaterra e Gales (Latin Mass Society of England and Wales), que nasceu em 1965, tem agora mais de 5.000 membros. O número de Missas semanais em latim passou de 26 em 2007 a 157 em 2012: um crescimento de mais de 600%.
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Nos EUA, passou de 60 em 1991 a 420 em 2012: um aumento de 700%. No Oratório de Brompton, fundado pelo Cardeal John H. Newman e ponto de referência do tradicionalismo de Londres, 440 pessoas assistem à Missa em latim aos domingos.
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Isto é o dobro do normal da assistência nas principais igrejas modernizadas. Em Brompton, as mulheres usam véu e os homens, o tradicional paletó ou terno de tweed..
Mas os números é o menos importante, observa “The Economist”. As comunidades tradicionalistas se destacam pela juventude e por sua expansão internacional. O Catolicismo tradicional está atraindo pessoas que não tinham nascido quando o Vaticano II pretendia “rejuvenescer” a Igreja.
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Além de se expandirem por países da Commonwealth até à África e à China, os jovens grupos tradicionalistas britânicos publicam blogs, administram websites e são muito ativos nas redes sociais. .
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Eles difundem suas posições até nas dioceses mais progressistas. E não deixam de ser invectivados pelos velhos progressistas que, na falta de argumentos mais religiosos, os qualificam de anacrônicos ou afetados. .
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Um grande desequilíbrio de crescimento vem acontecendo desde 2007, quando S.S. Bento XVI aprovou formalmente o antigo rito da Missa em Latim. Até aquele momento, o padre que celebrasse a Missa antiga podia ver cortada sua carreira eclesiástica.
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Na Inglaterra, o rápido aumento dos adeptos da Missa tradicional viu-se ainda reforçado com a criação, pelo Vaticano, do Ordinariato para acolher grupos de ex-anglicanos que abandonaram a dita ‘Igreja de Inglaterra’, a qual está levando sua modernização a ponto de “ordenar” e “sagrar” lésbicas e homossexuais. Sacerdotes ex-anglicanos “atravessaram o Tibre” às dúzias para se somarem aos católicos romanos tradicionalistas, conta “The Economist”.
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Este retorno ao antigo rito com força está deixando consternados os católicos “modernistas”, que o baniram no passado. Para o Pe. Timothy Radcliffe OP, ex-prior dos dominicanos da Grã-Bretanha, o renascimento tradicionalista é uma reação contra o “liberalismo de moda” em sua geração.
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Para ele, não é mais do que um movimento do pêndulo, que ora vai num sentido, ora no oposto, de modo inevitável. Mas esse argumento não convenceu o jornalista de “The Economist”.
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Este concluiu a reportagem perguntando se todos os escândalos morais no seio da “Igreja progressista”, a decadência desta, e, em sentido contrário, o crescimento dos tradicionalistas, não são outros tantos sinais de que há 50 anos o Concilio Vaticano II virou para o lado errado. .